Nos anos 80, um renomado investidor brasileiro do ramo imobiliário, Amim Scandar, decidiu erguer o mais alto e imponente arranha-céu da cidade de São Paulo. A ideia era clara: construir um edifício de alto padrão, que abrigasse escritórios financeiros e centros de inovação tecnológica voltados para as próximas décadas.
Para esse ambicioso projeto, Amim reuniu os melhores profissionais do mercado. Colocou-os todos em uma sala e deu uma única missão: criar o esboço do prédio que mudaria a paisagem da cidade. Estavam lá o melhor arquiteto, o melhor engenheiro civil, o melhor mestre de obras, o melhor engenheiro elétrico e o melhor engenheiro hidráulico.
Parecia promissor. Mas, como você deve imaginar, as coisas não foram tão simples assim…
A sala virou palco de uma verdadeira batalha de egos. Ideias brilhantes se chocavam. O arquiteto, inspirado pelas linhas ousadas de Oscar Niemeyer, queria algo desafiador — mas enfrentava resistência de um engenheiro conservador, que barrava seus desenhos antes mesmo de irem para o papel. O engenheiro elétrico debatia com os demais a quantidade de tomadas e interruptores, enquanto o engenheiro hidráulico mal começava a sugerir um poço artesiano antes de ser interrompido pelo planejador financeiro, que questionava cada gasto com olhar desconfiado.
O projeto empacou. Ninguém se entendia. E o sonho de Amim parecia cada vez mais distante.
Foi então que alguém, até então em silêncio, começou a agir. Essa pessoa não era arquiteta, nem engenheira. Mas começou a ouvir os lados, fazer perguntas, construir pontes entre ideias aparentemente opostas. Puxava daqui, cedia ali, e aos poucos foi ganhando a confiança do grupo.
Curiosos, os demais perguntaram: “Mas afinal, qual é a sua especialidade?”
A resposta surpreendeu:
“Sou especialista em pessoas. Um gestor de emoções e mitigador de conflitos.”
Ele não entendia nada de construção civil — mas dominava a arte de conciliar ideias, reduzir distâncias e transformar conflitos em colaboração, por meio de processos, conversas e, principalmente, escuta ativa.
E sabe qual prédio era esse?
Está no Multiverso, rs. Essa história não aconteceu de verdade. Eu a criei como uma metáfora para te mostrar a importância do meu papel no planejamento sucessório e na implementação da sucessão familiar.
Fazer áreas diferentes se entenderem já é um desafio. Agora, imagine isso dentro de uma mesma família, onde os laços afetivos se misturam com questões patrimoniais, ambições e direitos adquiridos?
Não é tarefa simples — e, na maioria das vezes, precisa de um olhar externo, imparcial e conciliador.
Então, quando me perguntam:
“Qual é a sua especialidade?”
Eu respondo com orgulho:
“Sou Conciliacionista.”
E, para te explicar o que isso significa, precisei inventar uma história (melhor do que sair contando casos reais por aí, né? rs).
Se você se interessa pelo tema, ou precisa de alguém para ajudar na sua empresa ou família, me chama por aqui ou pelo e-mail: leonardo_saad@hotmail.com.
Um abraço e até a próxima!